O Que você acha deste Blog?

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O OVO DA SERPENTE ESTÁ PRÓXIMO DA ECLOSÃO

O OVO DA SERPENTE ESTÁ PRÓXIMO DA ECLOSÃO

_ Qualquer semelhança do ataque do tubarão neste conto, com o ataque nuclear do terror, que um dia ocorrera em qualquer canto, não é mera conhecidência: Tubarão grande predador, Terrorista criador de Circo de Horror.

_ então se deu, o tempo o mergulho estava no fim, o encontro aconteceu, que surpresa pra mim. Depois de tanto mergulhar de repente eu o ví de tocaia a me olhar. Parece incrível! Naquela hora eu via, que o brilho do seu olhar sinistro eu bem podia apagar. Mas dei bobeira. E fui me esquivando, e ele sempre me rondando. E quando dei de mim, nem meu braço nem o arpão que disparei, estavam mais comigo. Não sei, não sabe ninguém, porque conto isto, porque lembro disto, enquanto fico a treinar de novo a mergulhar. Dificilmente poderia tudo de novo começar. Mas obsessivamente vivo tudo isto a recordar. Hoje, carrego um ombro em braço e uma dificuldade imensa de me adaptar a um novo tipo de mergulho, no meu novo estado. Faço parte desta estranha confraria dos sem pés, sem mãos, sem visão, sem braços. Mas sem ódio ou sem rancor dentro do peito. Sinto dores num braço que já não posso. Vivendo em dias mortos, dias mal vividos, pelo embotar total dos meus sentidos. Ouço meu treinador que diz: espera um pouco mais, domina esta aflição. Lembra de esquecer que fostes professor de mergulho, campeão de natação. Certamente um dia terás vitórias diferentes, mas no fundo sempre iguais. A vitória e a derrota são dois impostores, nada mais. É bom ouvir a ladinha do meu treinador. E respondo em tom gaiato – vou recomeçar, arpoando desta vez sardinha. As risadas vêm junto. Mas quando estou sozinho, mergulho em sonho, nesses mares esquecidos, nos roteiros de há muito abandonados. Trago dentro da alma todo um mar de sargaços e o pensamento banhado em velhos sais e maresias. Às vezes lembro um tubarão não mortalmente arpoado, arrastando desengonçado um arpão cravado ao lado. Travando combate desigual com os da sua espécie e contornando a esmo, o cabo das tormentos de sí mesmo. Francamente amigo, de nós dois eu não sei quem é mais infeliz.

_ Existe muita alusão à música / poesia, embaralhada pelo texto.

O seriado O OVO DA SERPENTE CONTINUA, não perca o próximo capitulo.

My name is Armand. Amand’Durval.

Diretor de Relações Públicas - I.N.R.J (ONG)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente com inteligência!